Uma abordagem da Polícia Militar terminou com a morte de uma adolescente de 16 anos na noite de quinta-feira (9) em Guaianasestigruinho, na zona leste de São Paulo.
Segundo Vanessa Priscila dos Santos, mãe de Victória Manoelly dos Santos, 16, a filha foi baleada no momento em que um outro filho, Kauê Alexandre dos Santos Lima, 21, era agredido por um PM. O disparo ocorreu durante a agressão, contou a doméstica de 43 anos.
Receba até R$1.000 de bônus - Plataforma de apostaO autor do tiro, o sargento Thiago Guerra, 38, foi preso em flagrante por dolo eventual, ou seja, por assumir o risco de matar. A Polícia Civil entendeu que a arma que ele usava, uma Glock .40, tem travas que deveriam impedir disparos acidentais.
Aposte na ZA9BET — Todo dia é dia de sorte e saque sem limites. Jogue agora! Bônus e Promoções Exclusivos. Agora é a sua vez de aproveitar. Vem com tudo buscar seus prêmios a partir de R$ 1. Victória Manoelly dos Santos, 16, morta em abordagem da Polícia Militar na noite de quinta-feira (9) - Arquivo pessoal"Minha filha morreu a sangue-frio e eles não fizeram nada. Ajoelhei nos pés deles", disse Vanessa, aos prantos, na porta da delegacia. Segundo ela, o resgate demorou cerca de uma hora para acontecer.
paraibana avalEm nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse lamentar a morte de Victória e que investiga todas as circunstâncias do caso.
O irmão de Victória foi detido durante a confusão. Ele foi liberado do 50° DP (Itaim Paulista) pouco antes do meio-dia desta sexta-feira (10). Na saída, contou o que aconteceu.
Kauê afirmou que trabalha em uma adega. Ao final do expediente, ficou conversando com a mãe e a irmã, quando viu um menino sendo perseguido por policiais militares. Neste momento, saiu da adega com a irmã e foi até uma praça ver o que estava acontecendo. Um PM teria ido em sua direção e passado a questionar ele e a irmã.
Durante a discussão o PM agarrou Kauê pela gola da camiseta e apontou a arma contra seu rosto. Kauê disse ter tomado uma coronhada e, então, ocorreu um disparo. Familiares contaram que Victória agonizou por uma hora até ser levada para o Hospital Geral de Guaianases.
fortune tigerO delegado requisitou a presença do Comando PM, com a intenção de visualizar as imagens das câmeras dos policiais. A filmagem confirmou a coronhada do sargento Guerra na cabeça de Kauê e, na sequência, o disparo.
A PM não quis entregar as imagens para a Polícia Civil sem uma requisição formal.
"É cediço que golpe com a coronha da arma de fogo ("coronhadas") não correspondem às doutrinas das polícias brasileiras, de maneira que quem assim age, muito embora não tenha o dolo direto como intenção, assume o risco de produzir o resultado, agindo com dolo eventual", diz trecho do boletim de ocorrência.
A versão contada pelos policiais militares é diferente. Eles narraram para a Polícia Civil que estavam em patrulhamento pela rua Capitão Pucci, quando foram acionados por uma vítima de roubo.
Os PMs sustentaram que viram três pessoas correndo e passaram a acompanhar o trio. Mais adiante, um deles foi detido. Em seu bolso foi localizada a carteira da vítima. Um dos suspeitos teria jogado uma arma de brinquedo, que foi apreendida.
Ainda de acordo com a versão dos policiaistigruinho, Kauê estava com uma das mãos na cintura. Ele respondeu que não iria ser abordado. Segundo a versão do policial militar, o irmão de Victória deu um tapa na mão do PM na tentativa de escapar da abordagem, momento em que houve o tiro acidental, ainda de acordo com o policial.